quinta-feira, 24 de maio de 2007

Cultura Underground

[informACÇÃO]

A cultura underground é uma forma evoluída de Contracultura.

A Contracultura foi um movimento dos anos 60, que surgiu com uma nova forma de mobilização e contestação social baseada em novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumindo como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do quotidiano.

Surgiu então a Contracultura que pode ser definida como um ideário altercador que questiona valores centrais vigentes e instituídos na cultura ocidental. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação, a difusão de normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das amarras tradicionais e locais –- como a religiosa e a familiar --, ganhando uma dimensão mais universal e aproximando a juventude de todo o globo, de uma maior integração cultural e humana. A contracultura desenvolveu-se na América Latina, Europa e principalmente nos EUA onde as pessoas buscavam valores novos.

Na década de 1950 surgiu nos Estados Unidos, o primeiro grande grupo de contra cultura o Beat Generation (Geração Beat). Os Beatniks eram jovens intelectuais que contestavam o consumismo e o optimismo do pós-guerra americano, o anticomunismo generalizado e a falta de pensamento crítico.

Na década de 1960 o mundo conheceu o principal e mais influente movimento de contra cultura já existente, o movimento Hippie. Os hippies se opunham radicalmente aos valores culturais considerados importantes na sociedade: o trabalho, o patriotismo e nacionalismo, a ascensão social e até mesmo a "estética padrão".
Aparece o rock’n’roll, com a figura de Elvis Presley, entre outros que foram surgindo ao longo deste período. O movimento hippie, com suas comunidades e passeatas pela paz, teve força a partir de um grande acontecimento, que foi o festival Woodstock, em 1969, com vários espectáculos que marcaram a era hippie.

“De um lado, o termo contracultura pode se referir ao conjunto de movimentos de rebelião da juventude [...] que marcaram os anos 60: o movimento hippie, a música rock, uma certa movimentação nas universidades, viagens de mochila, drogas e assim por diante. [...] Trata-se, então, de um fenómeno datado e situado historicamente e que, embora muito próximo de nós, já faz parte do passado”. [...] “De outro lado, o mesmo termo pode também se referir a alguma coisa mais geral, mais abstracta, um certo espírito, um certo modo de contestação, de enfrentamento diante da ordem vigente, de carácter profundamente radical e bastante estranho às forças mais tradicionais de oposição a esta mesma ordem dominante. Um tipo de crítica anárquica – esta parece ser a palavra-chave – que, de certa maneira, ‘rompe com as regras do jogo’ em termos de modo de se fazer oposição a uma determinada situação. [...] Uma contracultura, entendida assim, reaparece de tempos em tempos, em diferentes épocas e situações, e costuma ter um papel fortemente revigorador da crítica social.” (Pereira, 1992, p. 20).

A partir de todos esse fatos era difícil ignorar-se a contracultura como forma de contestação radical, pois rompia com praticamente todos os hábitos consagrados de pensamentos e comportamentos da cultura dominante, surgindo inicialmente na imprensa foi ganhando espaço no sentido de lançar rótulos ou modismos.
É vital a importância dos meios de comunicação de massa para configurar a contracultura: “pela primeira vez, os sentimentos de rebeldia, insatisfação e busca que caracterizam o processo de transição para a maturidade encontram ressonância nos meios de comunicação” (Carvalho, 2002, p. 7).

O que marcava a nova onda de protestos desta cultura que começava a tomar conta, principalmente, da sociedade americana era o seu carácter de não-violência, por tudo que conseguiu expressar, por todo o envolvimento social que conseguiu provocar, é um fenómeno verdadeiramente cultural. Constituindo-se num dos principais veículos da nova cultura que explodia em pleno coração das sociedades industriais avançadas.

O discurso crítico que o movimento estudantil internacional elaborou ao longo dos anos 60 visava não apenas as contradições da sociedade capitalista, mas também aquelas de uma sociedade industrial capitalista, tecnocrática, nas suas manifestações mais simples e corriqueiras. Neste período a contracultura teve seu lugar de importância, não apenas pelo poder de mobilização, mas principalmente, pela natureza de ideias que colocou em circulação, pelo modo como as veiculou e pelo espaço de intervenção crítica que abriu.

Finalmente, esta ruptura ideológica do establishment, a que se convencionou chamar de contracultura, modificou inexoravelmente o modo de vida ocidental, seja na esfera social, com a génese do Movimento pelos Direitos Civis; no âmbito musical, com o surgimento de géneros musicais e organização de festivais; e na área política, como os infindos protestos desencadeados pela beligerância ianque. Pode-se citar ainda o movimento estudantil Maio de 68, ocorrido na França, além da Primavera de Praga, sucedida na Checoslováquia no mesmo ano. Pereira (1992) assevera que é difícil negar que a contracultura seja a última –- pelo menos até agora -– grande utopia radical de transformação social que se originou no Ocidente.

Adaptado de Wikipédia, a enciclopédia livre.

4 comentários:

Anónimo disse...

underground rulezzzzzzz!!!

Anónimo disse...

contra-cultura :)

Anónimo disse...

Imagine we are fish swimming in the sea, and no matter where we look we see advertising, branding, marketing, and corporate/governmental coercive messages everywhere. What we once thought of as news, knowledge, politics, culture, art, music, and wisdom has all become one with this ocean of marketing and mind-control. What to do? How to keep one's sanity, sense of freedom, and unique identity? What can we do to resist?

5kl0t disse...

Parabéns pelo poste, realmente excelente.
Und3rgr0undz é isso mesmo, seria o "do contra", e o mais interessante ainda é que a Cultura Underground não para de crescer, ela está criando raízes digamos assim, em vários áreas...

Undergroundz é undergroundz...

Abraços, 5kl0t.